segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Na estrada

Nada melhor do que ouvir uma música de estrada antes de seguir viagem. Mais um ano está para começar, e espero que em 2010 eu consiga manter este blog atualizado assim como o fiz após a metade de novembro.



Muita felicidade e velocidade a todos no ano que vem!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Ingressos à venda


A organização do GP Brasil iniciou nesta semana a venda de ingressos para a corrida de 7 de novembro de 2010. Pelo site oficial, www.gpbrasil.com.br, é possível comprar entradas para oito setores diferentes (A, B, D, E, F, G, M e V).

Como cada um deles oferece duas opções de pacote (três dias ou dois dias), há 16 escolhas disponíveis para o torcedor.

A mais barata delas, setor G para sábado e domingo, sai por R$ 395. Em 2009, os fãs pagaram R$ 356 por isso, ou seja, houve um reajuste de cerca de 9,8%. Uma entrada do setor G para sexta-feira, sábado e domingo custa R$ 455; já quem quis esse mesmo ingresso neste ano desembolsou R$ 410.

Os preços do setor A para 2010 são R$ 575 e R$ 600. Eram, para 2009, R$ 526 e R$ 550.

O bilhete mais caro é o de três dias do setor E: R$ 2.385.

Além do valor do ingresso, cobram-se taxas de conveniência e de entrega. Tudo isso pode ser parcelado em até nove vezes sem juros nos cartões Visa, MasterCard e Diners. Em agosto, reclamei das restritas formas de pagamento adotadas pela Intepro, promotora do evento, e defendi a volta do boleto bancário. Pelo jeito, minha reclamação foi em vão.

Editado em 25/12 às 8h10

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Schumacher, o senhor dos números


A volta de Michael Schumacher à F-1 foi confirmada na manhã desta quarta-feira (23). Como já era esperado, a Mercedes o contratou para ser companheiro do também alemão Nico Rosberg. Mas a surpresa foi a duração do contrato: três anos.

Isso simboliza uma vontade enorme de correr do heptacampeão e/ou um desejo seu de deter todos os recordes da categoria, quaisquer que sejam eles.

Schumacher detém as principais marcas de desempenho: sete títulos, 91 vitórias, 154 pódios, 68 pole positions, 76 voltas mais rápidas, 1369 pontos.

Não tem, porém, o recorde de GPs disputados na F-1. Rubens Barrichello bateu Riccardo Patrese e agora tem 284 corridas na categoria (segundo o critério que exclui as vezes em que ele ficou parado no grid).

Se Barrichello deixar a F-1 ao fim de 2010, terá 303 provas disputadas efetivamente. Já o heptacampeão tem 248 e pode chegar a 305 se as temporadas 2011 e 2012 também tiverem 19 GPs.

O alemão, um piloto de quase 41 anos, quer tudo e mais um pouco.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A paixão e o spam


Há poucos minutos abri minha caixa de e-mails do Terra e vi a seguinte mensagem: "Nova fórmula 3 vezes mais concentrada". Ao ler as três primeiras palavras, pensei: "Que legal, uma nova F-3".

No entanto, ao ver o título completo e o remetente, entendi do que se tratava: de um spam do Shampoo Esperança. Fui enganado pela vontade de saber novidades do automobilismo. O e-mail não tinha, porém, nada a ver com corridas.

Em uma fase em que uma marca de shampoo (Clear) de uma grande empresa (Unilever) patrocina um piloto brasileiro (Lucas di Grassi) na F-1, esse engano não é tão surreal assim.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A novela Schumacher


Independentemente de seu resultado, a novela da volta de Michael Schumacher, 40 anos, à F-1 já é uma das principais de 2009. Teve como primeiro capítulo o acidente de Felipe Massa na Hungria, no fim de julho, e ainda não terminou.

O alemão aceitou em julho entrar no lugar de Massa enquanto o brasileiro estivesse em recuperação e até se preparou intensamente para isso. Só que, em um teste com uma Ferrari de 2007, sentiu os efeitos de uma queda sofrida em fevereiro, em Cartagena, na Espanha, testando uma moto. Com dores no pescoço, desistiu da empreitada em agosto.

A partir da metade de novembro, quando a Mercedes-Benz anunciou compra da maior parte das ações da Brawn, o retorno do heptacampeão à categoria voltou à pauta, já que Ross Brawn, seu parceiro de títulos, continuará como chefe de uma equipe que deve ter uma dupla de pilotos 100% alemã (Nico Rosberg já está contratado). Além disso, a Mercedes apoiou Schumacher no começo dos anos 1990.

Segundo Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, que conversou com o alemão nesta semana, há uma “possibilidade muito forte” de ele correr pela Mercedes em 2010.

Vamos aguardar as cenas do próximo capítulo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Kobayashi garantido


Mais um anúncio ocorreu hoje: o da contratação de Kamui Kobayashi, 23 anos, pela Sauber.

Seria uma injustiça se o japonês ficasse fora do grid de 2010, já que fez duas ótimas corridas em 2009 — suas duas primeiras na F-1.

Em ambas teve duelos com o campeão Jenson Button e, em Abu Dhabi, obteve a sexta posição ao adotar uma tática de uma parada.

Com a saída da Toyota da categoria, teve de procurar outra opção, a qual encontrou na Sauber.

Reportagem com Lucas di Grassi


Hoje houve entrevista coletiva com Lucas di Grassi, piloto brasileiro da Virgin, Alex Tai, CEO da equipe, e Erik Galardi, diretor de marketing de Clear.

A partir do material que colhi nesta quinta-feira, fiz uma reportagem em áudio com enfoque no pequeno orçamento do time inglês.

Clique aqui e ouça a reportagem.

A qualidade das sonoras não está muito boa, mas é possível entendê-las adequadamente.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O começo do fim


O Genii Capital, consórcio de Luxemburgo liderado por Gerard Lopez, tornou-se acionista de grande parte da Renault F-1. Mas, segundo comunicado enviado à imprensa nesta quarta-feira, haverá manutenção do nome da equipe e a montadora dividirá com seus novos sócios o gerenciamento do negócio.

Com essa decisão, a Renault estará na próxima temporada da F-1. No entanto, tal venda de ações demonstra que os franceses podem, sim, sair da categoria após 2010. Se isso acontecer, o terreno já estará preparado — principalmente se resultados não aparecerem no próximo ano.

Quanto aos pilotos, só o polonês Robert Kubica está sob contrato, embora seu empresário diga querer saber quais serão as diretrizes do Genii a partir de agora.

A Renault confirmou também fornecimento de motores para a Red Bull, dando sequência à parceria. Mas, para 2011, tudo está obscuro.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Razia na Virgin é a surpresa


Já era esperado que a Virgin fosse anunciar dupla de pilotos formada por Timo Glock e Lucas di Grassi nesta terça-feira, mas não se imaginava até ontem que um outro brasileiro pudesse ser um dos pilotos reservas. Seu nome é Luiz Razia, baiano de 20 anos.

Se for feito um questionário na avenida Paulista sobre quem é Razia, poucos saberão a resposta. Até ontem, embora tenha corrido na GP2 neste ano e obtido uma vitória, ele não aparecia em listas de possíveis candidatos a vagas na F-1.

Razia, campeão da F-3 sul-americana em 2006, ano em que a categoria não estava nada bem das pernas, faz parte agora do programa de treinamento de jovens pilotos da Virgin Manor ao lado do português Álvaro Parente.

Após ser campeão de F-3 por aqui, o brasileiro foi, em 2007, o terceiro colocado no campeonato europeu de F-3000. No ano seguinte, foi o quarto nesse mesmo torneio.

Defendendo a Arden, na temporada 2008/2009 da GP2 asiática, faturou a etapa final, no Bahrein. Sua vitória na categoria principal ocorreu na segunda prova de Monza correndo pela Coloni. Curiosamente, essa conquista veio junto com uma dobradinha brasileira, formada com Di Grassi, seu colega de Virgin.

Como piloto de testes quase não trabalha mais na F-1, o jovem brasileiro pretende continuar na GP2, da qual foi apenas o 19º colocado neste ano.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Trulli e Kovalainen no lucro


A Lotus, uma das novas equipes da F-1, divulgou nesta segunda-feira qual será sua dupla de pilotos em 2010. Os representantes da escuderia malaia (e não de Colin Chapman, como o nome pode sugerir) serão Jarno Trulli e Heikki Kovalainen.

Trulli ficou a pé após anúncio de que a Toyota sairia da categoria, mas o italiano ganhou um cockpit principalmente por ter a confiança de Mike Gascoyne, seu ex-chefe em outras equipes e responsável pelo departamento técnico da Lotus. O veterano piloto também já teve passagens por Minardi, Prost, Jordan e Renault e completará 36 anos em 2010.

Já o finlandês Kovalainen, 28 anos, perdeu sua vaga na McLaren para Jenson Button, o atual campeão, e agora foi contratado pela Lotus, sua terceira equipe na F-1 — começou sua trajetória na Renault.

Ambos os pilotos estavam no mercado buscando uma colocação e sairiam no lucro se conseguissem a titularidade de qualquer time, já que ninguém espera muito deles depos do que foi visto nos últimos anos. Foi o que aconteceu, e ambos terão mais uma chance na categoria, mas deverão andar no pelotão do fundo.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Rapidinhas


* A Abu Dhabi foi dado o direito de encerrar a próxima temporada da F-1. Assim sendo, o GP dos Emirados Árabes Unidos será disputado em 14 de novembro. O GP Brasil volta a ser a penúltima etapa e tem data alterada para 7 de novembro. A corrida de Interlagos não poderia ser em 31 de outubro, já que esse será o dia do segundo turno das eleições.

* A distribuição de pontos será mesmo 25-20-15-10-8-6-5-3-2-1.

Di Grassi e a geração F-Renault


Salão do Automóvel de 2002, Anhembi. Lançamentos automotivos dividiam minha atenção com os carros de corrida. Mas outra coisa me marcou: pude tirar fotos com pilotos da F-Renault brasileira, categoria que estava em sua primeira temporada. Esses competidores eram Lucas di Grassi e Gustavo Sondermann, da equipe G-Force.

Eu ainda não tinha completado 16 anos àquela altura e fiquei vidrado naquele campeonato, que tinha pilotos como Sérgio Jimenez, Marcos Gomes e Allam Khodair. Uma geração forte, sem dúvida, mas que acabou indo parar na Stock Car em sua maioria.

Uma exceção é Di Grassi, paulistano de 25 anos, pouco mais de dois anos mais velho que eu. Ele já assinou com a Virgin Manor e será companheiro de Timo Glock na próxima temporada da F-1.

Com essa notícia, o valor sentimental da foto acima aumentou, já que nela está um piloto que conseguiu chegar à principal categoria do automobilismo, um sobrevivente de uma geração de pilotos promissores como Jimenez, campeão daquela saudosa temporada da F-Renault.

Di Grassi dividirá grid da F-1 com um piloto que passou pela F-Renault Brasil em 2002 e não era brasileiro. Robert Kubica disputou a etapa final, em Interlagos, e venceu a prova com folga. Detalhe: o polonês nunca havia corrido em São Paulo, mas se alegou na época que ele tinha muito mais quilometragem em testes que os pilotos brasileiros.

Faça bom proveito de sua passagem pela F-1, Di Grassi.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Refazendo as contas


Eu havia escrito neste blog que o sistema de pontuação que a F-1 deve adotar em 2010 dá mais valor às vitórias. Mas, recalculando, não é bem assim.

A diferença entre vencedor e segundo colocado continua em 20%. Além disso, o segundo melhor, ao receber 20 pontos, terá os mesmos 80% do total. O mesmo será válido para o terceiro, que, ao somar 15, ficará com 60% de 25.

Uma mudança será vista a partir do quarto colocado, que, ganhando dez pontos, ficará com 40% do total. Antes, tinha 50%. O quinto será dono de 32%, enquanto até este ano recebia 40%. Curiosamente, o sétimo, recebendo cinco pontos, mantém-se com 20%. Já o valor do oitavo subiu de 10% para 12%.

O que se conclui a partir disso? Que o pódio foi valorizado, sem dúvida, mas não necessariamente a vitória.

Pontuação deve mudar


O Conselho Mundial do Esporte a Motor da FIA deve aprovar na manhã desta sexta-feira uma nova distribuição de pontos para a F-1.

Enquanto até este ano os oito primeiros pontuavam, em 2010 os dez melhores de cada corrida devem ser contemplados, já que o grid de largada será composto por 26 carros de 13 equipes.

O esquema de pontuação atual é o seguinte: 10-8-6-5-4-3-2-1. A Comissão da F-1 sugere 25-20-15-10-8-6-5-3-2-1 para o próximo ano.

Até 1990, só os seis primeiros pontuavam na ordem de 9-6-4-3-2-1. Em 1991, o vencedor de cada etapa passou a levar dez pontos. A maior mudança até então havia sido feita em 2003, quando os oito primeiros passaram a pontuar em um sistema que permaneceu até 2009.

Para este ano, havia sido aprovada uma regra que daria o título para o piloto que tivesse o maior número de vitórias, e os pontos serviriam como critério de desempate e para que fossem conhecidas as demais posições do campeonato. Mas houve uma mudança de última hora e essa ideia foi descartada.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Campeões


Com o encerramento das temporadas das principais categorias do automobilismo (e do motociclismo), é hora de fazer uma lista dos vencedores dos títulos dos campeonatos mais importantes. Vamos a eles:

F-1: Jenson Button (ING)
Indy: Dario Franchitti (ESC)
500 Milhas Indianápolis: Hélio Castro Neves (BRA)
GP2: Nico Hülkenberg (ALE)
Indy Lights: J.R. Hildebrand (EUA)
MotoGP: Valentino Rossi (ITA)
250cc: Hiroshi Aoyama (JAP)
125cc: Julian Simon (ESP)
Superbike: Ben Spies (EUA)
A1GP: Irlanda (Adam Carroll)
F-Superleague: Liverpool (Adrián Vallés)
WTCC: Gabriele Tarquini (ITA)
DTM: Timo Scheider (ALE)
WRC: Sébastien Loeb (FRA)
Nascar Sprint Cup: Jimmie Johnson (EUA)
Stock Car: Cacá Bueno (BRA)
Stock Light: Rafael Daniel (BRA)
Le Mans Series: Jan Charouz (TCH)/Stefan Mücke (ALE)/Tomas Enge (TCH)
American Le Mans Series: David Brabham (AUS)/Scott Sharp (EUA)
24 Horas de Le Mans: David Brabham (AUS)/Marc Gené (ESP)/Alexander Wurz (AUT)
FIA GT: Michael Bartels (ALE)/Andrea Bertolini (ITA)
Grand-AM DP: Alex Gurney/Jon Fogarty (EUA)
F-3 europeia: Jules Bianchi (FRA)
F-3 sul-americana: Leonardo Cordeiro (BRA)
F-3 inglesa: Daniel Ricciardo (AUS)
F-3 Masters: Valtteri Bottas (FIN)
F-3 Macau: Edoardo Mortara (ITA)
F-2: Andy Soucek (ESP)
F-Renault 3.5: Bertrand Baguette (BEL)
F-BMW europeia: Luiz Felipe Nasr (BRA)
GT3 Brasil: Cláudio Ricci/Rafael Derani (BRA)
Trofeo Maserati: Cleber Faria (BRA)
Copa Clio: José Vitte (BRA)

Uma temporada que não acabou foi a da Truck, cuja última etapa está marcada para o próximo domingo, em Brasília. Valmir Benavides e Felipe Giaffone, ambos da RM, são os principais candidatos ao título.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Chuva, a maior inimiga da Indy


As "águas de março" podem fazer com que São Paulo não consiga realizar a primeira etapa de 2009 da Indy, marcada para 14/03. Não duvido que prefeitura e SPTuris consigam preparar o circuito para a categoria, pois boa parte dele será dentro do complexo do Anhembi. No entanto, é provável que chova no fim de semana da corrida.

E, se chover, será o caos. Com o pouco tempo para preparação da pista, o escoamento de água não deve ser tão eficiente, ainda mais em um circuito de rua. Além disso, é quase certo que os carros passem por um longo trecho de reta na marginal do Tietê, em frente ao sambódromo. Imaginem se acontecer em 14 de março o que ocorreu hoje, quando faixas da marginal ficaram cheias de água?

Supondo que haja bom escoamento da pista e o rio Tietê não transborde, quem garante que os torcedores conseguirão chegar ao circuito em um dia chuvoso? Talvez só de helicóptero.

Para piorar, o que acontecerá se a corrida tiver de ser adiada para a segunda-feira, por exemplo, por causa da chuva? O trânsito da cidade ficará mais infernal ainda.

Por isso a chuva será a grande inimiga da Indy em São Paulo daqui para frente.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ayrton Senna em envelopes


Estive na Livraria da Vila na semana passada e logo de cara vi um monte de exemplares de "Ayrton Senna - Uma lenda a toda velocidade", do jornalista britânico Christopher Hilton.

Lançado em outubro de 2009, seu preço é alto, na casa de R$ 130, mas pareceu ser um livro diferente dos outros por conter interessantes anexos. Segundo o release da obra, "pela primeira vez, a família Senna abre seus arquivos, compartilhando fotografias nunca antes vistas de momentos particulares em casa e nas pistas de corrida e valiosos documentos da vida do piloto, incluídos em 13 luxuosos envelopes".

A partir de rápida pesquisa no Amazon.com, descobre-se que Hilton já publicou seis livros em inglês sobre o brasileiro: "Ayrton Senna: The whole story" (2004), "Memories of Ayrton Senna" (2004), "Ayrton Senna: As time goes by" (1999), "Ayrton Senna: His full car racing record" (1996), "Ayrton Senna: The legend grows" (1995), "Ayrton Senna: The hard edge of genius" (1990). Este tenho em casa e seu título em português é "Ayrton Senna: A face do gênio".

Ainda não comprei "Ayrton Senna - Uma lenda a toda velocidade", mas o aceitaria como presente de Natal, sem dúvida.

Neste link, é possível comprar o livro.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Homem de gelo, terra e cascalho


Dando continuidade à sua procura por novos desafios, Kimi Raikkonen optou por deixar a F-1 e correr no WRC, o Campeonato Mundial de Rali, em 2010. O piloto finlandês será companheiro do francês Sebastien Ogier na Citroën Junior e colega de marca de Sébastien Loeb e Daniel Sordo.

Quando entrar na estrada no meio de fevereiro para o Rali da Suécia, o campeão de 2007 da F-1 estará apenas em seu segundo evento do WRC. O primeiro foi neste ano, na Finlândia, em agosto, quando, após capotar, teve de sair da disputa.

Raikkonen não precisava ir ao rali, pois tinha mercado ainda na categoria máxima do automobilismo ― mesmo depois de ter o fim de seu contrato com a Ferrari antecipado para que sua vaga fosse dada a Fernando Alonso.

Mas Kimi foge do padrão dos pilotos de F-1. Tem uma personalidade desencanada, para não dizer fria, mas se aquece quando está dentro de um carro. Quem não se lembra de sua vitória no GP do Japão de 2005, no qual largou em 17º e superou Giancarlo Fisichella, então na Renault, na última volta? Uma corrida antológica.

É claro que Raikkonen pode voltar à F-1 em 2011. Já é dito que talvez pilote pela Red Bull quando retornar à categoria, já que guiará no WRC um carro patrocinado pela empresa de bebidas energéticas. Mas para o finlandês nada é mais importante do que estar atrás de um volante e acelerando.

Kimi é chamado de homem de gelo, mas no rali será também homem de terra e de cascalho.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sauber recomeça na F-1


A Sauber está de volta à F-1. A FIA confirmou nesta quinta-feira que deu a 13ª vaga de 2010 para a equipe suíça. Estava sem lugar porque não havia assinado o Pacto de Concórdia, já que a BMW tinha decidido sair da categoria.

A BMW Sauber durou quatro temporadas, de 2006 a 2009, e seu ponto alto foi uma dobradinha no GP do Canadá de 2008.

Obteve algo que a escuderia original até agora não conseguiu: uma vitória. A equipe de Peter Sauber tem seis pódios na categoria, todos por terceiros lugares. O primeiro foi em Monza, Itália, em 1995, com Heinz-Harald Frentzen. O mais recente foi conquistado em Indianápolis, em 2003, pelo mesmo alemão.

Felipe Massa começou na F-1 pela Sauber em 2002 por causa do estreito relacionamento entre seu ex-chefe e a Ferrari. Outro brasileiro, Pedro Paulo Diniz, também já correu pela Sauber.

Não será surpresa se Giancarlo Fisichella for um dos pilotos da equipe, porque ele, por enquanto, será terceiro piloto da Ferrari em 2010. Outro que pode estar no páreo é o austríaco Christian Klien, piloto de testes da BMW Sauber. Se não for para a Mercedes, Nick Heidfeld tem chances de disputar uma vaga no time suíço. O alemão pilotou tanto pela Sauber como pela BMW Sauber.

A notícia da volta dessa escuderia é, sem dúvida, boa para a F-1. Ela poderá dar continuidade a uma história iniciada em 1993 e interrompida ao fim de 2005.

Sambódromo já teve F-1

Quando era da Williams, Juan Pablo Montoya fez uma apresentação no sambódromo do Anhembi bancada pela Petrobras. Será mais ou menos assim a passagem da Indy por São Paulo, a qual tem grandes chances de ser nesse mesmo lugar:

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Manor passa a se chamar Virgin


A FIA divulgou nesta segunda-feira lista provisória de pilotos e equipes para 2010. O destaque ficou por conta da Manor, que foi rebatizada de Virgin Racing após acordo com Richard Branson, fundador do grupo, que esteve com a Brawn em 2009.

Timo Glock, único piloto confirmado da equipe inglesa, será o número 24. Bruno Senna, da também estreante Campos, será o 21, o que pode indicar patrocínio da Embratel.

A 13ª equipe ainda não foi confirmada. Pode ser a Sauber ou a Toyota, desde que esta seja vendida.

A Brawn ainda aparece, mas, para 2010, a própria FIA confirmou que será Mercedes Grand Prix.

Veja a lista, na qual, como já era sabido, a McLaren aparece com os números 1 e 2 por causa da contratação de Button:

1. Jenson BUTTON (ING) VODAFONE McLAREN MERCEDES | McLAREN MERCEDES
2. Lewis HAMILTON (ING) VODAFONE McLAREN MERCEDES | McLAREN MERCEDES

3. Nico ROSBERG (ALE) BRAWN GP FORMULA ONE TEAM | BRAWN MERCEDES
4. A ser confirmado BRAWN GP FORMULA ONE TEAM | BRAWN MERCEDES

5. Sebastian VETTEL (ALE) RED BULL RACING | RED BULL RENAULT
6. Mark WEBBER (AUS) RED BULL RACING | RED BULL RENAULT

7. Felipe MASSA (BRA) SCUDERIA FERRARI MARLBORO | FERRARI
8. Fernando ALONSO (ESP) SCUDERIA FERRARI MARLBORO | FERRARI

9. Rubens BARRICHELLO (BRA) AT&T WILLIAMS | WILLIAMS COSWORTH
10. Nico HULKENBERG (ALE) AT&T WILLIAMS | WILLIAMS COSWORTH

11. Robert KUBICA (POL) RENAULT F1 TEAM | RENAULT
12. A ser confirmado RENAULT F1 TEAM | RENAULT

14. Adrian SUTIL (ALE) FORCE INDIA F1 TEAM | FORCE INDIA MERCEDES
15. Vitantonio LIUZZI (ITA) FORCE INDIA F1 TEAM | FORCE INDIA MERCEDES

16. Sébastien BUEMI (SUI) SCUDERIA TORO ROSSO | STR FERRARI
17. A ser confirmado SCUDERIA TORO ROSSO | STR FERRARI

18. A ser confirmado LOTUS F1 RACING | LOTUS COSWORTH
19. A ser confirmado LOTUS F1 RACING | LOTUS COSWORTH

20. A ser confirmado CAMPOS META 1 | CAMPOS DALLARA
21. Bruno SENNA (BRA) CAMPOS META 1 | CAMPOS DALLARA

22. A ser confirmado US F1 TEAM | US F1 COSWORTH
23. A ser confirmado US F1 TEAM | US F1 COSWORTH

24. Timo GLOCK (ALE) VIRGIN RACING | VIRGIN COSWORTH
25. A ser confirmado VIRGIN RACING | VIRGIN COSWORTH

domingo, 29 de novembro de 2009

Pequena diferença


Bruno Corano venceu a prova de exibição da Superbike por apenas 0s093. A entrevista coletiva dos três primeiros, que também incluiu Alexandre de Grandi e Cachorrão, foi a mais emotiva do fim de semana, já que a motovelocidade brasileira não viveu em 2009 um de seus melhores anos.

Na foto, Corano (de boné para trás) e Cachorrão falam à Rádio Giga na sala de imprensa de Interlagos.

Chegou minha hora de ir embora e ver os jogos da 37ª e penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. Até mais.

Vale uma inspiração



O piloto brasileiro Marco Reis inspira-se em Valentino Rossi, heptacampeão da MotoGP, até mesmo no macacão.

"Diversão: solução pra mim"


"Estou aqui para passear e brincar", disse Cláudio Dahruj, vencedor da corrida deste domingo da GT3 ao lado de Rafael Daniel. A dupla introduziu neste fim de semana um Lamborghini LP 560 e foi bem-sucedida: dominou por completo a etapa final de 2009.

Foi Dahruj o responsável por trazer esse carro para o Brasil. Questionado a respeito do regulamento de 2010 e das restrições que devem ser impostas ao modelo, ele afirmou correr de qualquer jeito, pois trabalha durante a semana toda e gosta de se divertir pilotando.

Marcelo Hahn, companheiro de Allam Khodair, também é um investidor. Pilotando uma Ferrari F430, eles conseguiram a segunda colocação, a qual perderiam horas depois da prova por terem queimado a linha da saída do pit lane. Valdeno Brito e Miguel Paludo, pilotos de um Porsche 997 da equipe BMG, dirigida por Washington Bezerra, obtiveram a terceira posição na pista.

Esses foram os três primeiros da última corrida da temporada do GT3.

PS: Informa Rodrigo Mattar em seu blog que o público aqui em Interlagos foi "superior a 6 mil espectadores".

Nos boxes, na pista



Foto tirada da sala de imprensa, mais precisamente de uma janela aberta. Sem isso, as fotos ficariam com reflexo ou escuras, porque há insulfilme nos vidros.

Público durante a Copa Clio

Fotos das arquibancadas da Reta dos Boxes às 10h30 deste domingo, quando ocorria prova da Copa Clio. Não estão tão vazias como ontem, mas poderiam estar mais cheias.



Grid girls

A tese


Bom dia, visitantes. Já estou em Interlagos, onde hoje quatro categorias, GT3, Trofeo Maserati, Copa Clio e Superbike, realizam corridas. O céu está nublado e o asfalto, úmido.

Ontem fiquei de apontar a segunda razão pela qual a GT3, apesar de ter carros velozes e alguns bons pilotos, não leva muitos espectadores aos autódromos.

Pois bem, já disse que falta divulgação da categoria. Ontem, por exemplo, passou VT da primeira corrida do fim de semana no Sportv. Mas, claro, o VT vai ao ar após a prova já ter terminado. Muita gente que gosta de automobilismo nem tem conhecimento de que há uma categoria como a GT3 correndo em Interlagos neste fim de mês.

Outra coisa que falta é uma maior empatia do público para com os pilotos. Não há uma preocupação com a manutenção dos mesmos competidores durante todo o ano. Existe um grande entra e sai. Poucas duplas continuam as mesmas após mais de uma temporada. Isso enfraquece o elo, já que os fãs querem ter alguém para torcer, identificar-se com algum piloto.

Por exemplo, seria muito legal se as duplas Xandy Negrão/Andreas Mattheis e Ricardo Rosset/Walter Salles tivessem continuado neste ano. Mas, principalmente por motivos financeiros, ocorre instabilidade do mercado de pilotos e equipes.

O grid poderia ser maior, sem dúvida, também. Os Ford GT, dominadores do ano passado, fazem falta, por exemplo. Os carros, falando disso, são o ponto mais forte da GT3. Mas não são nada sem pilotos, que precisam ser mais valorizados e necessitam também valorizar mais a categoria.

A Truck talvez seja a mais estável do Brasil. Mesmo que um fã não leia notícia alguma durante uma pré-temporada, ele saberá, quando estiver no autódromo para a primeira prova do ano, que a maioria dos pilotos das principais equipes se mantém igual. Isso é fundamental.

sábado, 28 de novembro de 2009

Vai para o campeão


Esta moto ao lado será dada ao campeão de 2009 do Trofeo Maserati, que será conhecido neste domingo. Tarso Marques, ex-piloto de F-1 e atualmente na Stock Car, foi quem desenhou e construiu a máquina, que se chama Spec II Trofeo e é avaliada em R$ 85 mil.

"Optamos por criar uma moto no estilo custom, baixa e longa, com pneu traseiro mais largo para dar uma sensação de corrida”, revelou Marques à assessoria de imprensa da categoria. "Usamos somente o motor e as pinças de freios originais da Harley Davidson; o restante foi criado e confeccionado especificamente para o projeto."

Farão show aqui amanhã, nos camarotes em cima dos boxes, o rapper norte-americano Ja Rule e Paulo Ricardo (ex-RPM).

Antes disso, veja a ficha técnica da moto:

Motor: Quatro tempos, dois cilindros em V, 883 cm³, refirgeração a ar, duas válvulas por cilindro
Potência: 64 cv
Torque: 7,13 kgfm
Alimentação: Injeção eletrônica seqüencial
Câmbio: Cinco velocidades
Transmissão final: Correia dentada
Partida: Elétrica
Rodas: TMC, alumínio, 18 x 8,5” (tras.) e 20 x 2,75 (diant),
Pneus: 18 x 240 (tras.) e 20 x 120 (diant.)
Suspensões: Dianteira com garfo telescópico, tradicional; traseira com balança e amortecedor simples (monoshock)
Freios: Discos simples dianteiro e traseiro, com 292 mm de diâmetro

Dimensões
Comprimento: 2,68 m
Largura: 80 cm
Altura do assento: 80 cm
Distância mínima do solo: 8 cm

Nos boxes da GT3







Fotos da Superbike

Fiquei impressionado com as motos da Superbike. Gostei do visual e da velocidade delas. O já citado neste blog Bruno Corano fez 1min42s096 na fase final do treino classificatório e levou a pole position.

Estava no fim da Reta dos Boxes e pude ver os pilotos se preparando para o contorno do S do Senna. Nessas horas, ficamos a fim de ver a MotoGP por aqui. É uma pena não haver a possibilidade de um acordo entre prefeitura, dona do autódromo de Interlagos, e FIM, Federeção Internacional de Motociclismo, como foi noticiado nesta semana.







Marca que fica


Sébastien Buemi, da Toro Rosso, deixou sua marca em Interlagos. Não, ele não fez o recorde da pista nem venceu o GP Brasil de F-1. É que o adesivo com o nome do suíço ainda está no box que foi seu em outubro.

Em 2008, a Honda também deixou adesivo no chão da garagem, como bem lembrou Augusto Roque, que está aqui na sala de imprensa.

Sem verba, sem vaga


Conversei rapidamente com Hoover Orsi, que neste fim de semana é parceiro de Júlio Campos na pilotagem de um Porsche 997 da WB Motorsports. O representante do Mato Grosso do Sul diz trabalhar em duas frentes para 2010: Stock Car e Grand-Am.

Neste ano, por dificuldades financeiras, Orsi só pôde disputar uma corrida da Stock Car. Foi justamente em sua cidade, Campo Grande, por sua antiga equipe, a Amir Nasr, que sofre de falta de dinheiro nesta temporada. Ele revelou que estava confirmado na AN até uma semana antes do início do campeonato, mas "um patrocinador grande deu para trás", o que o tirou da vaga.

Orsi, 31 anos, disputou o título da Stock Car em 2006, quando Nasr tinha patrocínio da Red Bull. Naquele campeonato, alcançou a terceira posição. Já obteve quatro vitórias e três poles na categoria.

Mas Orsi não está parado: corre na GT3. Segundo ele, é mais prazeroso pilotar um Porsche do que guiar um carro da Stock, feito especificamente para corridas e de chassi tubular.

O piloto tem contatos nos Estados Unidos, até porque foi campeão da Atlantic em 2001 e até já disputou uma prova da Indy Pro Series. Em 2006, melhor ano de sua carreira, fez três etapas da Grand-Am.

Hoover estará em Interlagos também na semana que vem, durante etapa da Stock Car, e participará de algumas reuniões. Ele observa que o momento da categoria brasileira não é fácil para pilotos que não têm patrocinadores por trás e que, por isso, as equipes preferem quem leve dinheiro. "Mas ainda tem de acontecer muita coisa [para eu voltar à Stock]", afirmou.

Em Interlagos, daqui a uma semana, Constantino Jr., dono da empresa de aviação Gol, fará sua estreia na Stock com a Amir Nasr.

Primeiro contato com motos


Vejo pela primeira vez de perto as motos da Superbike brasileira. Ocorre neste fim de semana uma prévia do que será o "TNT Superbike" de 2010. Campeão brasileiro e recordista do autódromo de Interlagos, Bruno Corano está na disputa.

A categoria tem site oficial, o www.superbike.com.br, mas está incompleto. Há uma apresentação da temporada 2010 em PDF clicando aqui.

Ela diz: "Quatro etapas em Interlagos confirmadas; previstas quatro etapas em outros estados (Rio e/ou Porto Alegre, e/ou Curitiba, e/ou DF); evento dos carros dos sonhos com as motos dos sonhos; categoria TNT Superbike corre dentro do evento Itaipava GT Brasil; quem correr todas é campeão nacional do TNT Superbike Series Brasil; participação somente da categoria Superbike Pro e Pro-Am – 50 a 55 motos; grid fechado e selecionado com 50 a 55 motos que irão ao ar ao vivo; parte das equipes serão hospedadas em tendas; em análise uma ou duas baterias por etapa; somente inscritos no Pirelli Superbike Series são elegíveis às provas do TNT Superbike".

Confira abaixo duas outras fotos das bikes:


Os sobreviventes


A GT3 tem carros belos e velozes, mas nem por isso consegue levar grandes públicos aos autódromos. Foi assim no ano passado, quando ainda havia pilotos como Ingo Hoffmann e os irmãos Fittipaldi, e neste ano essa tendência se intensificou. Há poucas pessoas nas arquibancadas de Interlagos neste momento, menos de dez, segundo minhas contas.

Mas os pilotos não são tão desconhecidos assim. Estão por aqui, por exemplo, Valdeno Brito, Lico Kaesemodel, Chico Serra, Allam Khodair, David Muffato, Norberto Gresse, Hoover Orsi, Nelson Merlo.

Serra é tricampeão da Stock Car, Muffato já obteve um título da mesma categoria, Khodair e Merlo têm campeonatos da F-Renault. Ou seja, são pilotos com bom currículo. Mesmo assim, há pouca gente lá fora. Falta divulgação, sem dúvida, mas não é só isso. Essa questão é complexa, e pretendo falar mais sobre isso depois.

De Interlagos


Abro agora minha primeira cobertura independente "in loco". Diretamente de Interlagos hoje e amanhã, apresentarei um conteúdo especial de GT3, Trofeo Maserati, Copa Clio e Superbike.

Aqui vocês não lerão relato de corridas, nada disso, mas sim detalhes que podem passar despercebidos para muitos e curiosidades deste mundo veloz.

Além disso, tentarei fazer entrevistas com figuras importantes das categorias.

Tempo
O sábado amanheceu chuvoso em São Paulo, mas não chove mais aqui no autódromo, apesar de o tempo ainda estar fechado.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sugestão de pista



Acima, minha sugestão de pista para a Indy se pudesse ser no Campo de Marte. O aeroporto está na lista das opções, mas tem um sério problema: tem relativamente grande tráfego de aeronaves pequenas e helicópteros. Pará-lo poderia causar transtornos a São Paulo.

Na minha ideia, a reta principal/dos boxes seria a do aeroporto. Sairia de lá e iria para a av. Santos Dumont. Depois, retornaria ao Campo de Marte. As arquibancadas e os camarotes poderiam ser montados no gramado ou até mesmo na própria Santos Dumont.

A corrida acontecerá em 14 de março. A divulgação do lugar da cidade escolhido será feita na primeira quinzena de dezembro. A região do sambódromo (ao lado do Campo de Marte) tem mais chances de ser a selecionada.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Revendo previsões passadas


Relendo a entrevista que dei ao GGOO no começo do ano, percebo como o futuro dificilmente acompanha nossas previsões. Esperava uma disputa pelo título com participação da Ferrari, o que não ocorreu. Por outro lado, já era possível prever grande força da Brawn, que acabou por conquistar os campeonatos, principalmente por causa da primeira metade da temporada.

No começo do ano, eu não esperava que a Red Bull apresentasse força tão grande na segunda metade de 2009. Nem sequer citei a equipe austríaca na entrevista. Sabia que ela tinha um grande projetista, Adrian Newey, mas, para dar essa entrevista, estava baseado em 2008, quando a Red Bull foi superada por sua irmã, a Toro Rosso. E a pré-temporada da RBR não tinha sido tão ótima assim.

No fim das contas, Brawn e Red Bull foram as melhores equipes da temporada e a Ferrari foi a quarta colocada, atrás da McLaren. Mas o acidente de Felipe Massa na Hungria tem de ser considerado e teve influência no fato de os ferraristas não terem conseguido um lugar no TOP3 entre as escuderias.

Há um ano, em 25 de novembro de 2008, quem poderia prever que a Honda sairia da F-1 (ainda não tinha saído), que sua sucessora ganharia os títulos e que, em novembro de 2009, seria comprada pela Mercedes-Benz? Nem o melhor dos videntes.

Os acontecimentos têm uma dinâmica tão grande que derrubam previsões e "queimam a língua" dos mais afiados jornalistas. Principalmente em um mundo veloz e que movimenta tanto dinheiro como o do automobilismo.

Mas, para o espetáculo em si, a imprevisibilidade é algo benéfico e tira o esporte da rotina, rendendo mais notícias. Na verdade, se tudo fosse muito igual às previsões, tudo seria mais chato, até para quem pode "queimar a língua".

Sempre nos pedirão previsões, é inevitável, e as faremos de acordo com informações concretas da atualidade. São tendências, não fatos consumados. É bom ter isso sempre em mente.

Novos horizontes

Estou com algumas ideias para este blog, como fazer coberturas "in loco" de categoriais nacionais quando for possível.

Está parado há um bom tempo, mas aos poucos quero retomá-lo. Sigam-me no Twitter, enquanto isso: @andreispinasse.

domingo, 17 de maio de 2009

Segundo o segundo colocado

Jornalista tem de sentir na pele algumas coisas para entender a realidade sobre a qual escreve. Faço isso às vezes, disputando corridas de kart. A última vez aconteceu na sexta-feira, na Aldeia da Serra.

Exatamente às 21h eu estava no kart número 21 pronto para sair dos boxes. Eu seria o primeiro de 12 a deixar o pit lane. E realmente fui. Só que, para minha infelicidade, o kart "morreu" uma curva depois. Fui em direção à área de escape, onde o deixei, e saí correndo para voltar às garagens. Por sorte, perdi pouco tempo e peguei o número oito.

Demorei a me adaptar à pista, na qual não corria desde 2005. Marquei o quarto melhor tempo nos dez minutos classificatórios. Sabia que tinha mais velocidade em mim que isso.

Logo na largada tornei-me vice-líder e, nas voltas seguintes, assumi a liderança. Quase perdi a ponta instantes depois, mas houve uma confusão mais atrás que me beneficiou.

Fiquei na primeira posição no primeiro terço de prova e fui superado por dois pilotos ao mesmo tempo, praticamente. Comecei a perseguir Alcides, nosso amigo e bom piloto de kart amador. Meu equipamento estava melhor de reta que o dele e sabia onde tinha de ultrapassá-lo. Houve duas ou três inversões de posição durante dez voltas. Na penúltima, dei o bote final e consegui o segundo lugar, levando ainda a melhor volta da corrida.

Ao término da prova, apagaram-se as luzes e fomos debater as disputas de pista, como sempre. Você troca ideia até com quem você nunca tinha visto antes, revive a corrida. Nessas horas percebo por que gosto tanto disso.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

TV No Box - Espanha

O fim de semana é de GP da Espanha, então uma música em inglês sobre a Espanha cai bem com a mistura de culturas que é a F-1.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Onde fica FOM/FOA

Como prometido, aí vai a foto da sede comercial da F-1, localizada em Londres. O curioso é que, neste ano, eles têm tentado fazer a Formula One Administration (FOA) aparecer mais que a Formula One Management (FOM). Nas transmissões de TV, aparece FOA, não mais FOM. Mas ambas são do mesmo grupo e ficam no mesmo lugar, neste prédio espelhado abaixo.

A F-1 no museu de cera


Lewis Hamilton, campeão de 2008 da F-1


Richard Branson, principal patrocinador da Brawn

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O quartel da F-1

Fui hoje à sede da Formula One Management Limited, a FOM, empresa presidida por Bernie Ecclestone que administra os direitos comerciais da F-1. Na verdade, fiquei 15 minutos em frente ao prédio. Com todos os dirigentes na Ásia, não fazia sentido tentar entrar.

É um prédio espelhado na Prince's Gate, número seis, um pequeno "braço" da Knightsbridge. É um lugar discreto, em frente ao Hyde Park. A grande maioria das pessoas nem deve imaginar que lá fica a sede comercial da F-1.

Quando estava lá, fiquei imaginando quantas reuniões importantes ocorreram naquele endereço. Por lá certamente já passaram os principais comandantes da categoria.

Quando em voltar ao Brasil, postarei a foto. É que estou sem o cabo da máquina digital.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Senna sai de cena no museu

Fui ao Madame Tussauds, aqui em Londres, hoje. Claro, minha maior curiosidade era ver as estátuas de cera de Lewis Hamilton e Ayrton Senna. E, para minha surpresa, onde estava a do brasileiro? Questionado sobre isso por mim, um funcionário explicou: a representação do tricampeão foi tirada de lá porque seu rosto estava danificado e, reformada, voltará ao museu em breve.

Mas a estátua do atual campeão estava lá. As semelhanças impressionam. Fiquei, porém, mais impressionado com a de Richard Branson, do Virgin Group, patrocinador da Brawn. É idêntico! E nem sabia que ele estava lá...

terça-feira, 31 de março de 2009

London calling

Escrevo neste momento de Londres, onde já são quase 17h. Das minhas atividades de hoje, a que mais me deixou positivamente impressionado foi visitar a National Gallery. Nem tanto pelo museu em si (que é de graça e bonito), mas mais por quem estava lá.

Não, não havia ninguém famoso. Mas muitas crianças visitavam o local com suas escolas e não tiravam os olhos dos monitores que explicavam os quadros. Elas aguentavam mais de 15 minutos sentadas no chão, diante de cada quadro, ouvindo as explicações. Além disso, davam suas opiniões e participavam das discussões.

No Brasil é exatamente assim. Depois de cinco minutos de monólogo do monitor, os moleques não estão mais nem aí e começam a bagunçar. Igualzinho...

quarta-feira, 25 de março de 2009

Entrevista para GGOO


Dei uma entrevista para a GGOO, Galera do "G" Organizada do Orkut, da qual um dos membros é Augusto Roque, um dos entrevistados do "Em teu lar, Interlagos". Publico o ping-pong na íntegra.

GGOO - Conte-nos um pouquinho da relação do Andrei Spinassé (pessoa e jornalista) com o automobilismo e, principalmente, com o autódromo de Interlagos e o GP Brasil.

ANDREI SPINASSÉ - Não consigo me ver longe do automobilismo. É uma relação curiosamente iniciada em 1994, um ano fatídico para a F-1, quando eu tinha oito anos de idade. Minha primeira lembrança da categoria vem do GP Brasil daquele ano. Vi pela TV essa prova. A segunda coisa que me vem à cabeça é San Marino. Mas nada disso atrapalhou minha paixão. Tanto é que quis ver o GP Brasil de 1995 de perto. A partir de então, perdi poucas corridas. Já em 1997 eu sabia que gostaria de ser jornalista, e cobrir automobilismo foi prioridade antes, durante e depois da faculdade. Voltando à infância, minhas brincadeiras giravam em torno do esporte a motor. Cheguei a organizar um campeonato de carrinhos de rolimã de oito participantes, com regulamento até. Fui campeão (risos). Interlagos sempre foi para mim a concretização de um sonho: diferentemente das brincadeiras, aquilo era a realidade. Ver a F-1 de perto desde 1995 significou muito, e eu contava os dias para a prova. Cresci, mas meu gosto pela coisa não diminuiu. A diferença é que não posso mais brincar, pois trabalho com isso.

GGOO - Hoje praticamente qualquer pessoa pode expressar suas opiniões e expor seus conhecimentos através de blogs, fóruns e sites de relacionamento. Como jornalista, qual a sua visão sobre essa "democratização" da notícia pela internet? Isso ajuda ou atrapalha o seu trabalho?

ANDREI SPINASSÉ - Ajuda bastante. Eu mesmo era um forista e torcedor de arquibancada até pouco tempo atrás. Ou seja, conheço o outro lado. É claro que existem pessoas que só entram nesses sites para tirar um sarro, mas há gente séria e que entende. Para um jornalista especializado, é importante visitar esse tipo de página toda semana para saber o que os internautas acham das coisas. Na verdade, com isso sabemos se nosso trabalho é feito corretamente, porque nosso objetivo é transmitir mensagens da maneira desejada. Se houver ruídos no processo, existe algo errado. Os internautas são agentes de informação também, já que vasculham os diversos sites e escolhem dados interessantes, percebem detalhes que poderiam passar despercebidos. A “democratização” mais ajuda que atrapalha.

GGOO - O assunto do momento na F-1 é o assombroso desempenho da Brawn GP na pré temporada. Na sua opinião, este desempenho é verdadeiro ou fictício? Se confirmado esse rendimento na Austrália, você acredita em um possível título de Rubens Barrichello?

ANDREI SPINASSÉ - O desempenho é real, pois não vejo motivo para Ross Brawn fazer joguinhos com mídia e torcedores não tendo muito tempo de testes. Para mim, eles estavam dentro do regulamento, como o próprio Barrichello disse. Mas o brasileiro afirmou outra coisa que me deixou curioso: a Ferrari não fez simulação de classificação em Barcelona. Os italianos podem ter cartas guardadas. Supondo que essas cartas deixem o F60 em condição de igualdade com o BGP001, acredito mais na Ferrari, porque esta tem Kers, mais dinheiro e mais condições de melhorar ao longo do ano. Só acredito em título de Barrichello se a Brawn estiver mais de meio segundo mais rápida que qualquer outra. É bem provável que ela evolua menos que as adversárias durante a temporada.

GGOO - Qual a sua visão sobre essa radical mudança na forma de apurar o campeão mundial para 2009? Acha justo premiar apenas a vitória a qualquer custo?

ANDREI SPINASSÉ - Justo não é. Um campeonato é uma longa viagem, não um passeio de metrô. Mas essa regra foi descartada hoje (20 de março), e deveremos ter o mesmo sistema de pontos do ano passado. Na minha visão, dar o título ao maior vencedor de corridas foi uma medida política. A FIA e a FOM quiseram contradizer a Fota, a unida Associação das Equipes da F-1. Nesses últimos tempos, a Fota ganhou muita importância, e entendo que a FIA está insatisfeita e com medo de perder sua função na F-1, que é regulamentar o campeonato. Esse jogo de poder ainda vai longe...

GGOO - Quais são as suas previsões para a temporada 2009 da F-1?

ANDREI SPINASSÉ - Como todos dizem, é difícil apontar favoritos neste momento. Mas acredito em um ano repleto de abandonos, acidentes, e em uma volta por cima de Kimi Raikkonen. Felipe Massa terá de impressionar logo de cara, algo que não fez no ano passado. Se o finlandês vencer umas três vezes em seis corridas, apostaria nele. Se Massa fizer o mesmo, mudo meu palpite para o brasileiro. No entanto, como eu disse, se a Brawn detonar na Austrália, tem tudo para manter-se na condição de favorita.

GGOO - Comente, em linhas gerais, sobre: Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet (pai), Ayrton Senna, Rubens Barrichello, Felipe Massa e Nelson Piquet (filho).

ANDREI SPINASSÉ - Pode ser uma frase para cada um? Emerson Fittipaldi: um campeão ideal para o país, porque reunia nele o que havia de melhor nas décadas de 1960 e 1970 do automobilismo brasileiro. Nelson Piquet: como diria Edgard Mello Filho, é um “cara do ramo”. Ayrton Senna: tornou-se quase um “parente” de cada brasileiro por ter sido tão intenso, talentoso e dedicado, criando uma relação de empatia com as pessoas. Rubens Barrichello: sempre foi um ótimo piloto, mas, principalmente durante a época de Ferrari, criou falsas expectativas e falou demais. Felipe Massa: um piloto marcado pelo amadurecimento constante. Nelsinho Piquet: começou um desafio em 2008: correr por uma equipe que não é de seu pai.

GGOO - Brasileiro tem a fama de ser apaixonado por carros e, por consequência, automobilismo. Mas, com exceção da F-1, porque essa paixão não se reflete na presença de grandes públicos (pagante) a Interlagos nas demais categorias nacionais e regionais?

ANDREI SPINASSÉ - Tudo é questão de envolvimento. Tenho certeza de que se as pessoas acompanhassem um campeonato realmente, como fazem com os de futebol, iriam mais ao autódromo. Brasileiro é movido à torcida, na verdade. Para existirem torcedores, é necessária identificação. Sinto falta de um maior trabalho das equipes brasileiras nesse aspecto. A primeira coisa é haver estabilidade de pilotos, de carros, de cores. Categorias que mudam tudo constantemente não conseguem segurar fãs.

GGOO - Para você, qual é o futuro do automobilismo brasileiro?

ANDREI SPINASSÉ - O futuro depende da boa vontade de empresários, já que, nos últimos anos, a Confederação Brasileira de Automobilismo não atuou como deveria. Categorias como Stock Car e Truck só são o que são por causa de organizadores com boa visão de mercado. Alguns questionam a qualidade de ambas, mas é inegável que elas deram certo e têm parceiros fortes. A F-3 sul-americana viverá um ano de mudança com os novos chassis e a criação de uma divisão Light. Elas terão como preliminar a F-Universitária. É uma ótima notícia para a formação de pilotos de monopostos, algo deixado de lado ao fim da F-Renault em 2006.

GGOO - Fale um pouco mais sobre o livro "Em teu lar, Interlagos", de sua autoria. Existe a possibilidade de ele ser comercializado?

ANDREI SPINASSÉ - É um livro que aborda Interlagos não só como lugar de disputa de competições, mas principalmente como um local onde pessoas trabalham com prazer e vontade, fazem amigos, passam por experiências únicas. Entrevistei pessoas que encaram aquele autódromo realmente como uma casa, como Wilson Fittipaldi, Bird Clemente, Chico Rosa, Edgard Mello Filho. Há toda uma cronologia por trás, e o livro começa com as histórias do “Barão” e termina com as de Nelson Merlo e Pedro Enrique, pilotos que disputaram o título da F-3 sul-americana em 2008. Representando os torcedores, há Augusto Roque, da GGOO. Claro, há o lado esportivo, mas ele não é o mais valorizado. Pretendo achar uma editora em breve, já que, em 2010, o autódromo completará 70 anos de existência.

GGOO - Como foi ver a GGOO, da sala de imprensa de Interlagos?

ANDREI SPINASSÉ - Muito legal. Lembrei-me da minha época de arquibancada (durou até 2007). Para falar a verdade, é bem mais divertido estar no setor G que na sala de imprensa. Senti falta da zoeira no ano passado. Mas a sala de imprensa é o lugar dos jornalistas, então está ótimo. A melhor coisa é entrevistar os pilotos.

GGOO - Por fim, gostaríamos de agradecer a gentileza de nos conceder esta entrevista, solicitando que deixe um recado para a galera da GGOO.

ANDREI SPINASSÉ - Tenham uma ótima temporada. Não percam as primeiras corridas, de madrugada. Coloquem quatro despertadores para tocar ao mesmo tempo!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Foco condicionado


As ruas de São Paulo apresentam mensagens para quem gosta de automobilismo. Um olhar atento mostra ligações interessantes entre a cidade e as pistas. Na verdade, devem existir relações assim das mais variadas formas, mas o olhar de cada um condiciona o foco. O meu vê detalhes automobilísticos.

Percebi nesta semana que um senhor que sempre vejo na alameda Campinas, esquina com a Paulista, usa diariamente um boné de Giuliano Losacco, da Medley-A. Mattheis, de 2006. Lembro-me desse acessório porque ganhei um quando cheguei a Interlagos para ver a decisão do campeonato. O velhinho de bengala nem deve saber quem é Losacco...

Outra curiosidade é que uma concessionária da Honda na avenida Ibirapuera adota uniforme parecido com o da BAR Honda de 2005. O logotipo da Lucky Strike é estilizado, assim como foi em corridas em que era proibida a propaganda tabagista. Talvez os funcionários nem tenham conhecimento disso....

É claro que se eu não fosse um fã de automobilismo eu não perceberia esses detalhes.