quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Webber vai mal em vitórias de Alonso


Fernando Alonso necessita de uma combinação de resultados para ser campeão de 2010 em Interlagos. Se, por exemplo, o espanhol vencer no Brasil, ele ainda dependerá da posição de Mark Webber para assegurar ou não o título. Em quatro dos 17 GPs já disputados, o bicampeão obteve resultados que, se voltassem a ocorrer em São Paulo, lhe dariam o tri na penúltima etapa.

1) Logo na primeira prova do ano, no Bahrein, a Ferrari fez dobradinha após problemas com Vettel, enquanto Webber foi apenas o oitavo colocado.

2) Na polêmica corrida alemã, em que houve inversão de posições entre Massa e Alonso por ordem da Ferrari, o australiano obteve somente a sexta colocação.

3) A situação foi a mesma na Itália: vitória de Alonso e Webber em sexto.

4) E, finalmente, na Coreia do Sul, no fim de semana passado, o espanhol novamente tirou proveito de uma quebra de Vettel e foi ao lugar mais alto do pódio, enquanto o australiano rodou sozinho na chuva e abandonou a prova.

Webber, em quatro das cinco vitórias de Alonso nesta temporada, não ficou nem ao menos entre os cinco primeiros. A exceção foi o GP de Cingapura, em que chegou em terceiro.

Por outro lado, há dados estatísticos que mostram favoritismo da Red Bull em Interlagos: a equipe austríaca já conquistou 14 poles e venceu sete das 17 provas. Ela tem ainda o carro a ser batido, mas os incidentes na Coreia fizeram Alonso voltar à liderança do campeonato. Além disso, Webber já mostrou saber correr no circuito paulistano ― ele é o atual vencedor da etapa brasileira.

Existem duas tendências muito claras: Webber vai mal em provas vencidas por Alonso; ao mesmo tempo, a Red Bull demonstra ter velocidade de sobra e, quando não erra e seus pilotos estão em um bom dia, obtém a vitória. Mas, pela natureza imprevisível do esporte, é impossível sabermos qual das duas tendências predominará em Interlagos. Também não dá para se saber ainda se a penúltima etapa será atípica.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Matemática do título em Interlagos


Assim como em 2005 e 2006, Fernando Alonso pode sair de Interlagos com o título da F-1. No entanto, desta vez, suas chances de conquistar antecipadamente a taça no Brasil são pequenas, pois a Red Bull, apesar dos problemas na Coreia do Sul, ainda tem o melhor carro da temporada.

Para ser campeão novamente, o espanhol, dependendo de sua posição, precisa abrir mais 14 ou 15 pontos para Mark Webber em São Paulo. O ferrarista também tem de alargar a distância para Lewis Hamilton em mais quatro pontos e necessariamente chegar à frente de Sebastian Vettel.

Confira quais são as combinações necessárias para Alonso garantir o título em Interlagos:

Em Interlagos: Alonso 1º, Webber 5º (ou mais atrás)
Como ficaria: 256 pontos, 230
Em Abu Dhabi, no máximo cada um chegaria a: 256 (sem marcar pontos), 255

Em Interlagos: Alonso 2º, Vettel 3º (ou mais atrás), Hamilton 4º (ou mais atrás), Webber 8º (ou mais atrás)
Como ficaria: 249 pontos, 221, 222, 224
Em Abu Dhabi, no máximo cada um chegaria a: 249 (sem marcar pontos), 246, 247, 249 (Alonso teria mais quartos lugares)

Em Interlagos: Alonso 3º, Vettel 4º (ou mais atrás), Hamilton 5º (ou mais atrás), Webber sem fazer pontos*
Como ficaria: 246 pontos, 218, 220, 220
Em Abu Dhabi, no máximo cada um chegaria a: 246 (sem marcar pontos), 243, 245, 245

* Se fizesse um ponto, os dois poderiam chegar ao fim com 246, mas Webber teria mais segundos lugares

Jenson Button passará a não ter mais chances de título se Alonso for sexto em Interlagos.

Atualmente, Alonso tem cinco vitórias, dois segundos lugares, dois terceiros, dois quartos, um sexto, dois oitavos e três GPs fora da zona de pontos. Webber possui quatro vitórias, três segundos lugares, dois terceiros, um quinto, dois sextos, dois oitavos, um nono e dois GPs sem fazer pontos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ferrari tem bom retrospecto em estreias


A Ferrari foi quem melhor se saiu em circuitos estreantes nos últimos dez anos, o que pode ser um bom sinal para a equipe no GP da Coreia do Sul, cuja edição número um acontece neste fim de semana.

Foram quatro vitórias da escuderia italiana nas últimas sete estreias de pistas. Michael Schumacher conduziu o carro vermelho ao primeiro lugar no misto de Indianápolis (em 2000) e no Bahrein (2004). Dois brasileiros também participam dessa história: Rubens Barrichello foi o primeiro vencedor do GP da China (2004), enquanto Felipe Massa dominou a corrida inaugural nas ruas de Valência (2008).

Ainda houve vitória de Schumacher na abertura do reformado traçado de Hockenheim, em 2002, mas parte da pista fora mantida a mesma.

Já Kimi Raikkonen, então piloto da McLaren, Fernando Alonso, na ocasião da Renault, e Sebastian Vettel, da Red Bull, tornaram-se os primeiros a conquistar GPs de F-1 em Istambul (2005), Cingapura (2008) e Abu Dhabi (2009), respectivamente.

O primeiro treino livre em Yeongam tem início às 23h desta quinta-feira, horário de Brasília. O circuito tem 5.621 km e foi considerado bastante seletivo pelos pilotos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O inesperado e o esperado


Quem no começo do ano poderia imaginar que Mark Webber ocuparia a liderança a essa altura do campeonato da F-1? O australiano é o piloto mais regular da temporada até agora. Só deixou de pontuar uma vez, justamente quando “ganhou asas” após colisão com Heikki Kovalainen no GP da Europa e voou em acidente espetacular.

Webber tem dado trabalho para o companheiro Sebastian Vettel, que, sob pressão, comete erros com certa regularidade. Era de consenso geral no início da temporada que o alemão seria o principal piloto da Red Bull. Mas não é assim que tem sido, e ele está 21 pontos atrás do parceiro, cujo futuro na F-1 era incerto em 2009.

Mas já era de se imaginar que Fernando Alonso disputaria o título. O espanhol, ferrarista a partir deste ano, herdou a vitória da primeira corrida após problemas com Vettel, mas a boa fase da Ferrari era pura ilusão. Tanto é que o bicampeão ficou nove etapas sem ir ao lugar mais alto do pódio, sofreu dois abandonos nesse período e chegou a ficar 47 pontos atrás do líder até então, Lewis Hamilton.

A situação começou a mudar no polêmico GP da Alemanha, em que a Ferrari tinha novamente um carro competitivo. Felipe Massa abriu passagem para Alonso e permitiu que seu companheiro vencesse pela segunda vez em 2010. O acontecimento de Hockenheim arranhou novamente a imagem da escuderia italiana, mas não teve maiores consequências. Desde então, o espanhol voltou a ser o grande destaque da categoria e venceu as duas corridas mais recentes, ambas largando na pole position.

São com esses dois protagonistas separados por 11 pontos que a F-1 vai ao Japão na próxima semana. Não se pode, porém, desconsiderar outros três pilotos, Hamilton, Vettel e Button, que ainda têm boas chances na reta final. Mas, pelo que se viu até a 15ª etapa de 19, são Webber e Alonso, pilotos outrora em posições bem diferentes nas avaliações dos espectadores, os principais candidatos ao título.