quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Revendo previsões passadas


Relendo a entrevista que dei ao GGOO no começo do ano, percebo como o futuro dificilmente acompanha nossas previsões. Esperava uma disputa pelo título com participação da Ferrari, o que não ocorreu. Por outro lado, já era possível prever grande força da Brawn, que acabou por conquistar os campeonatos, principalmente por causa da primeira metade da temporada.

No começo do ano, eu não esperava que a Red Bull apresentasse força tão grande na segunda metade de 2009. Nem sequer citei a equipe austríaca na entrevista. Sabia que ela tinha um grande projetista, Adrian Newey, mas, para dar essa entrevista, estava baseado em 2008, quando a Red Bull foi superada por sua irmã, a Toro Rosso. E a pré-temporada da RBR não tinha sido tão ótima assim.

No fim das contas, Brawn e Red Bull foram as melhores equipes da temporada e a Ferrari foi a quarta colocada, atrás da McLaren. Mas o acidente de Felipe Massa na Hungria tem de ser considerado e teve influência no fato de os ferraristas não terem conseguido um lugar no TOP3 entre as escuderias.

Há um ano, em 25 de novembro de 2008, quem poderia prever que a Honda sairia da F-1 (ainda não tinha saído), que sua sucessora ganharia os títulos e que, em novembro de 2009, seria comprada pela Mercedes-Benz? Nem o melhor dos videntes.

Os acontecimentos têm uma dinâmica tão grande que derrubam previsões e "queimam a língua" dos mais afiados jornalistas. Principalmente em um mundo veloz e que movimenta tanto dinheiro como o do automobilismo.

Mas, para o espetáculo em si, a imprevisibilidade é algo benéfico e tira o esporte da rotina, rendendo mais notícias. Na verdade, se tudo fosse muito igual às previsões, tudo seria mais chato, até para quem pode "queimar a língua".

Sempre nos pedirão previsões, é inevitável, e as faremos de acordo com informações concretas da atualidade. São tendências, não fatos consumados. É bom ter isso sempre em mente.

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