Foi postada no Youtube uma nova prévia, feita para RFactor, do que será o circuito do Anhembi, que receberá a Indy nos dias 13 e 14 de março. Tenha a sensação de acompanhar uma volta com Tony Kanaan neste vídeo:
Como o carnaval já acabou, neste domingo a organização da prova iniciou a montagem das estruturas móveis, como arquibancadas tubulares e camarotes.
É de conhecimento público que duas novas equipes da F-1 têm tido dificuldades e talvez não estejam na categoria neste ano. Mas, nesta semana, surgiram novas notícias sobre como anda a situação de ambas.
A Campos foi assumida integralmente por José Ramón Carabante, e Colin Kolles, ex-chefe de Midland, Spyker e Force India, comandará a equipe no lugar do fundador Adrián Campos. Carabante já era acionista do projeto e diz ter feito um acordo para assegurar seu futuro. Já Kolles afirma ser necessário um "dinheiro extra" para garantir a presença do time no Bahrein. Os dois não citaram no comunicado, porém, Bruno Senna, piloto confirmado por Adrián Campos, mas ele continua sob contrato.
A US F1 tenta conseguir permissão da FIA para perder as quatro primeiras etapas da temporada, mas a entidade disse no começo deste mês que não aceitaria nem a perda de uma corrida.
Enquanto isso, Zoran Stefanovic, chefe da Stefan GP, equipe que não tem inscrição no Mundial e espera que Campos ou US F1 não disputem a temporada, declarou ter agendado um teste do SF01, carro desenhado pela Toyota antes de ela sair da Fórmula 1. Seus pilotos, segundo o sérvio, seriam o japonês Kazuki Nakajima e o canadense Jacques Villeneuve, longe da categoria desde 2006.
Será difícil haver alguma definição até o fim deste mês, a menos que alguma das novatas desista de vez da F-1. A que está mais vulnerável a isso é a US F1, sem dúvida.
A confirmação de que a Lotus será predominantemente verde é uma boa notícia para o conjunto visual da Fórmula 1. A fase de pinturas que não emocionam ninguém, como era o caso da adotada pela Toyota, parece estar ficando para trás. Além disso, tal cor representa o "British Racing Green" que fez sucesso na Lotus original com pilotos como Jim Clark, na qual o amarelo também estava presente.
Desde a última corrida da Jaguar, em 2004, não havia um carro com predominância do verde no grid. Tudo bem, a pintura da Honda de 2007 tinha bastante verde pelo fato de ter sido extraída de uma imagem de satélite, mas havia muito azul e também preto na traseira.
Além disso, há em 2010, por enquanto, o prata da McLaren (com vermelho), o prata da Mercedes (com preto e detalhes em azul turquesa), o azul escuro da Red Bull (com amarelo), o vermelho da Ferrari (com branco), o azul escuro da Williams (com branco), o amarelo e preto da Renault (com vermelho), o laranja e o verde da Force India (com muito branco), o azul escuro da Toro Rosso (com bastante vermelho), o preto e vermelho da Virgin e o branco da BMW Sauber (com cinza).
Com meu esquema atual de trabalho, tem sido mais difícil atualizar este blog como eu gostaria. É, porém, por um bom motivo e tem a ver com um lugar bem especial que completa 70 anos em 2010 e já foi muito explorado por mim em 2008, na faculdade.
Nesta semana, tenho revisitado alguns textos antigos meus e ido atrás de mais informações em jornais antigos, colocando à prova meu lado de historiador.
Mas não poderia deixar passar a apresentação do novo carro da Red Bull, o RB6, feita hoje na Espanha. É claramente uma evolução, adaptada ao novo regulamento, do bem-sucedido modelo de 2009.
Force India e Lotus, equipes da Fórmula 1 cujos donos são asiáticos, mostraram hoje, de uma forma ou de outra, seus carros para 2010.
Enquanto o novo modelo do time chefiado pelo indiano Vijay Mallya foi apresentado oficialmente nesta terça-feira, o equipamento dos comandados pelo malaio Tony Fernandes foi flagrado em um shakedown pela revista "Autosport" em Silverstone, na Inglaterra. Não se sabe, porém, se essa será a pintura definitiva, mas podemos dizer que está bem bonita.
Os pilotos titulares da Force India em 2010 serão o alemão Adrian Sutil e o italiano Vitantonio Liuzzi. Os da Lotus, o italiano Jarno Trulli e o finlandês Heikki Kovalainen.
Um golaço no futebol e uma bela ultrapassagem no automobilismo têm muito em comum, principalmente o fato de não serem comuns. Como momentos bonitos não acontecem sempre nessas modalidades, é fácil reconhecer quando há um lance digno de “pintura”: salta aos olhos e emociona de forma instantânea. Para o espectador, não é preciso raciociná-lo, basta senti-lo.
No automobilismo, uma ultrapassagem bonita não necessariamente significa vitória. O último colocado de uma corrida pode superar brilhantemente o penúltimo e o brilho da manobra não diminuirá. Claro, quanto mais forte for o adversário, maior o mérito de quem a executou. Mas a plasticidade mantém-se a mesma.
O mesmo é válido para o futebol. Um jogador pode fazer um golaço para um time que já levou seis naquele jogo e nem por isso seu gol deixará de ser belo. Se o golaço, porém, ocorrer na final de uma Copa do Mundo e for decisivo, a beleza simbólica do gol aumentará bastante.
Uma bela ultrapassagem acontece quando ninguém mais imaginava que seria possível ganhar posição em certo momento ou lugar e a surpresa entra em ação. Um exemplo é a manobra de Nelson Piquet, por fora, sobre Ayrton Senna no GP da Hungria de 1986. Não era esperado que Piquet conseguisse realizar aquilo e lá foi ele, chegando até a derrapar para segurar sua Williams. Também às vezes é bela uma ultrapassagem feita após um duelo feroz.
Já no futebol um golaço é aquele em que o talento individual ganha grande destaque, como ficou claro com Neymar ontem. O jogador do Santos pegou a bola e saiu driblando quem encontrasse pela frente e foi em direção ao gol, chutando de forma precisa, inclusive por baixo das pernas de um adversário, para o fundo da rede. O golaço também pode ser fruto de um trabalho coletivo e bem entrosado.
Sem golaços e sem belas ultrapassagens, futebol e automobilismo não seriam tão emocionantes e plasticamente bonitos. A sorte conta muito para o sucesso das jogadas e manobras, mas a capacidade humana é primordial. Nada disso seria possível sem ela.
Vendo uma galeria de imagens dos testes desta semana em Valência, na Espanha, uma em especial se destacou. Não é de carro na pista, mas de dois pilotos que devem travar um duelo interessante em 2010: Felipe Massa e Fernando Alonso.
A foto é de terça-feira, segundo dia de trabalhos práticos do brasileiro. O espanhol assumiu o carro ferrarista na quarta-feira, quando ele fez o melhor tempo da semana, superando marca do vice-campeão de 2008, seu novo companheiro.
O simbolismo da imagem é grande. O bicampeão admitiu ter tido uma boa base de acerto "graças ao trabalho de Felipe nos dois primeiros dias".
Por enquanto, os dois têm se ajudado e a relação entre ambos parece ser muito boa. A foto acima não deixa dúvida quanto a isso. Se houver uma "guerra" no futuro entre os pilotos da Ferrari, seu início não terá sido essa primeira bateria de testes.
Embora o carro da Virgin, mostrado ao público pela primeira vez hoje, tenha sido muito elogiado por sua beleza, não escapou de comparações em fóruns da internet.
Por sua aparência, o VR-01 poderia ser um modelo da Midland, equipe de 2006:
Também lembra carros da Indy, como este do ano passado de Justin Wilson:
No Twitter, disseram até que a pintura foi inspirada em embalagens de bala:
Agora sem brincadeiras, a Virgin não contou com túneis de vento para projetar esse carro. A equipe usou a tecnologia CFD para analisar a dinâmica de fluidos em computador. É algo inovador e adequado para quem tem um orçamento relativamente baixo. O VR-01 deve estrear em testes coletivos na próxima semana, em Jerez, com os pilotos Lucas di Grassi e Timo Glock.
O sistema de pontuação da Fórmula 1 passou por outra revisão. Em dezembro, havia sido aprovado o esquema 25-20-15-10-8-6-5-3-2-1. No entanto, com essa medida, a proporção de pontos dada aos três primeiros colocados não seria alterada e continuaria em 100%, 80% e 60%, respectivamente.
Agora a distribuição até o décimo colocado será assim: 25-18-15-12-10-8-6-4-2-1. Dessa forma, o segundo melhor leva 72% do total e não mais 80%, aumentando o peso da vitória.
Vamos às proporções a partir do terceiro colocado: 60%, 48%, 40%, 32%, 24%, 16%, 8% e 4%.
Além disso, as equipes da F-1 confirmaram hoje uso dos pneus do Q3 na largada dos GPs. Ainda falta a FIA ratificar as medidas e colocá-las no regulamento deste ano. Mera formalidade.
Stefan GP vai para o Bahrein. Isso mesmo. Uma equipe que nem vaga tem na F-1 (ainda) mandou levar seus equipamentos para o palco da abertura da temporada. A equipe sérvia depende de desistência de Campos ou US F1, que não estão nada bem financeiramente e com projetos atrasados, para entrar na categoria. A Stefan tem um acordo técnico provisório com a ex-equipe da Toyota.
Começaram hoje os testes da Fórmula 1 em Valência, na Espanha, e, simultaneamente, foi dada a largada para mais uma temporada de tentativas de se analisar a relação de forças a partir dos resultados.
Os tempos de um piloto nos testes podem ser analisados sob uma ótica realista somente pela própria equipe da qual esse competidor faz parte. Nem mesmo as concorrentes, em função da manutenção de sigilos, conseguem determinar ao certo o que está acontecendo, já que cada um testa uma coisa e adota diferentes estratégias durante as atividades.
Nesta pré-temporada, em especial, está mais difícil ainda se obter uma imagem clara, porque, como os reabastecimentos durante as corridas estarão proibidos, os tanques de combustível estão maiores neste ano. Como cresceu a diferença de peso entre quem está com “só o cheiro” de gasolina e quem está “carregado”, as discrepâncias podem aumentar também.
Apesar disso, em entrevista a jornalistas brasileiros hoje, Rubens Barrichello, agora piloto da Williams, disse que a Ferrari está “muito forte”. Felipe Massa foi o mais veloz do dia. Mas nem um piloto tão experiente quanto Rubinho, sexto entre oito participantes dos testes, sabe quantificar exatamente essa força da Ferrari. Ou seja, todo o cuidado é pouco até a abertura do Mundial, em 14 de março.