terça-feira, 24 de agosto de 2010

Uma quebra no meio do caminho


Agora sei o que um piloto sente quando é vítima de uma quebra durante uma corrida em que estava bem posicionado. O que houve no kart amador só tem importância para mim mesmo, pois tudo era apenas uma diversão, mas, mesmo assim, o que vivi serve para entender, ao menos parcialmente, qual é a sensação de ser obrigado a sair de uma prova.

A segunda edição do #Kartweet foi realizada no Kart in Jaguaré, pista indoor, no último dia 12 de agosto. Participaram do evento pessoas que confirmaram antecipadamente presença pelo Twitter. Eu, por exemplo, só conhecia três dos caras que lá estavam. Mas a intenção era justamente propiciar uma brincadeira entre desconhecidos e incentivar a interação entre os participantes na vida real.

Já meu objetivo pessoal era vencer a corrida, visto que uma vitória significaria automaticamente a isenção da taxa de R$ 59. Bastante satisfeito com meu kart e acreditando ao menos no pódio, larguei na quarta posição. Logo na largada ganhei uma posição e passei três voltas atacando o segundo colocado. Foi quando, na saída de uma curva, a suspensão esquerda do meu kart quebrou. Pelo que vi na hora, um dos parafusos da roda estourou, o que a fez se inclinar para o lado de dentro.

A frustração foi grande. Não cheguei a ficar com raiva, pois até fiquei sem reação. Não esperava sofrer uma quebra desse tipo sem nem sequer ter batido o kart. Como já havia passado pela entrada do pit lane, mas não pela saída, entrei pela contramão onde os karts ficam estacionados e logo fui trocar de equipamento.

O kart que peguei, porém, estava hipersensível e qualquer movimento de volante provocava uma virada brusca. Necessitei, então, de mais uma troca de kart, que, na verdade, foi a penúltima, pois faltava tração ao terceiro kart da noite.

Eu estava destinado a ser o último colocado pela primeira vez na vida. E realmente a última posição foi a que me restou. Desci do quarto kart com a sensação de que eu nada poderia ter feito para evitar tais situações. Era assim mesmo que deveria ter sido minha quinta-feira. Como eu poderia saber que meu principal kart quebraria poucas voltas após a largada? Quase impossível ter conhecimento prévio de uma coisa assim.

Passei a compreender melhor as reações, ou a falta delas, de um piloto após uma quebra mecânica pela qual ele não é culpado. Assim é o automobilismo, assim é a vida. Nem sempre há uma resposta clara para o que se passa conosco. O que se pode dizer é que tudo isso nos ensina e nos fortalece.

Um comentário:

Gabriel Gonçalves disse...

Fala, Andrei, tudo certo? Aqui é o Gabriel Gonçalves, do Blog Imprensa Rocker.

Estou escrevendo para vocês para informar que indiquei o "No Box" para receber o selo Blog de Ouro, conforme o link http://imprensarocker.wordpress.com/2010/08/30/e-ouro/ .

Grande abraço para você, meu velho!

Gabriel Gonçalves
Blog Imprensa Rocker
www.imprensarocker.wordpress.com