Milhões de pessoas ao redor do planeta faziam a mesma coisa às 11h de hoje, horário de Brasília: assistiam à partida entre Holanda e Brasil da Copa do Mundo pela televisão. Não poderia ser diferente no O’Malley’s, famoso pub paulistano. Esse bar, inclusive, foi um dos únicos lugares da cidade em que se torcia abertamente para duas equipes, não apenas para uma, porque nele havia grande concentração de holandeses.
Mas duas pessoas não queriam nem saber se um bando de homens corria atrás de uma bola. Não se importavam em ocupar um território "inimigo". Apesar do clima tenso, estavam tranquilas e pareciam estar em casa tamanha a despreocupação com o que estava acontecendo ao seu redor e na África do Sul.
Nem o gol de Robinho, abrindo o placar para o Brasil, fez com que perdessem a concentração. A virada holandesa tampouco representou uma alegria para elas. Em meio a familiares vestidos de laranja e desconhecidos, de verde e amarelo, elas não estavam nem aí para um possível extravasamento de ânimos dos nascidos em países diferentes.
Eram duas crianças que, durante todo o jogo, viam desenhos do “Pato Donald” por meio de um DVD Player portátil, com visor, atrás da cadeira em que me sentei no pub.
Mal sabiam elas que um dos grandes pedidos dos torcedores brasileiros era a convocação de um jogador com apelido de ave, o Paulo Henrique “Ganso”.
Quem, na verdade, pagou o pato foi Dunga. E olha que as crianças não estavam vendo “Branca de Neve e os Sete Anões”.
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