Entrevistei Luiz Alberto Pandini, jornalista, para o livro "Em teu lar, Interlagos" no ano passado, e ele contou-me ter um sonho recorrente a respeito do autódromo paulistano. Percebi que também sonho sempre com o GP Brasil de F-1, mas é algo desesperador.
Vejo a etapa brasileira de perto desde 1995, desde os oito anos de idade. Desde então, só perdi a edição de 1996, pois talvez tenha faltado dinheiro. Para mim, o maior desespero seria ter ingresso ou credencial e não conseguir ir a Interlagos por algum motivo. Seria um pesadelo.
Só que, ao que parece, o meu maior medo tornou-se um sonho, no sentido literal da palavra. Já sonhei algumas vezes com a perda da hora para ver a corrida. É como se faltassem dez minutos para a largada e eu ainda estivesse em minha casa, na zona norte, sabendo que não chegaria ao autódromo a tempo. E com entrada na mão.
Isso, na realidade, nunca me aconteceu e espero que nunca aconteça. Mas deve ser terrível ter uma grande chance ao alcance e não poder fazer nada.
Não sei por qual motivo não conseguia estar em Interlagos a tempo nos meus sonhos. Mas uma coisa é certa: na vida real, faço de tudo para evitar que isso aconteça. Não só no GP Brasil.